Entidades cristãs manifestam apoio ao projeto que pode autorizar o aborto; Pastor Roberto de Lucena critica o governo
Um grupo de entidades cristãs e outras instituições religiosas,
formado pela Aliança de Batistas do Brasil, Centro de Estudos Bíblicos
(CEBI), Católicas pelo Direito de Decidir, Conselho Latino-Americano de
Igrejas – Região Brasil (CLAI) e a Rede Ecumênica da Juventude (REJU),
publicou uma carta manifestando apoio à decisão da presidente de
sancionar o projeto.
“Nós mulheres e homens de fé, biblistas, teólogas e teólogos de
diferentes igrejas cristãs, integrantes dos diferentes organismos abaixo
subscritos, apoiamos e solicitamos a sanção integral e imediata da PLC
3/2013, que dispõe sobre o atendimento obrigatório e integral de pessoas
em situação de violência sexual. E assumimos o compromisso de
participar do processo de informação
e formação das mulheres sobre seus direitos reforçados no PL 3/2013 e
de reforço de normas técnicas já existentes sobre o assunto nos aspectos
de atendimento universal, integral e de qualidade à saúde ameaçada de
mulheres e adolescentes vítimas de violência”, afirmaram os integrantes
do grupo.
Segundo informações
publicadas no site da Universidade Metodista, a justificativa para essa
tomada de posição foi a necessidade de combater a violência sexual e
suas consequências: “Ao nos dedicarmos ao estudo da Bíblia como
expressão de nossa fidelidade ao evangelho de Jesus, afirmamos o amor e a
justiça como dinâmicas vitais de nossa fé; afirmamos ainda que mulheres
e homens partilham de modo integral de toda dignidade e beleza na
vivência do mais sagrado e do mais humano. Na Bíblia encontramos relatos
do passado em que comunidades são chamadas a afirmar o amor e a justiça
em seus contextos. Muitas das questões ainda nos desafiam hoje,
entretanto as respostas estão condicionadas aos equipamentos simbólicos e
materiais disponíveis em cada tempo. O exercício da interpretação
bíblica, quando não feito de maneira fundamentalista, nos ajuda a manter
o exercício da crítica em relação às respostas sociais disponíveis”.
Críticas
De acordo com informações do jornal Folha de S. Paulo, o pastor e deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) seguiu o mesmo caminho do pastor Marco Feliciano (PSC-SP) e criticou a postura adotada por Dilma Rousseff.
Num discurso na tribuna da
Câmara, Lucena afirmou que a bancada evangélica deveria retomar a
discussão do tema, pois o uso do termo “profilaxia da gravidez”, ao
invés de “pílula do dia seguinte”, ludibriou os parlamentares e os levou
a aprovarem o projeto por unanimidade.
“Haverá de ser encaminhado ao Congresso projeto esclarecendo
expressamente que o termo profilaxia da gravidez não significa aborto.
Na verdade, absolutamente, nós não estamos aqui tratando de uma
discussão religiosa. A discussão que envolveu este assunto é, sobretudo,
ética”, completou, demonstrando preocupação por acreditar que, como
está, o PLC 03/2013 pode “abrir uma brecha para a prática do aborto”.
Por Tiago Chagas
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